Se o Ronaldinho tem algum amor pelo Grêmio, eu não sei. Até acho que não. Ah, mas o irmão dele, o Assis, esse sim é um gremista de quatro costados. Perto dele o Saul, o Rafa Tosh, o Otávio Germano, o Gothe, o Rafael Lima, o Fosca, o Paulo Lofrano, o Paulo Fernando, o Leon, o Pirênio, o Moreira, o Cacalo, o Alemão da Geral, o Carlos Alberto, meu pai, são torcedores de faz de conta.
Os fatos estão aí pra todo mundo ver. Em setembro, quando a negociação começou, o Grêmio se arrastava nas últimas colocações do brasileiro. Os analistas de futebol craavavam, sem medo de errar: segunda divisão.
O Assis não podia deixar seu time na mão. Devido a barriguinha acentuada, não poderia ajudar em campo, mas tinha alguém em mente para fazer isso: o irmão.
Conveceu-o, depois de dias intermináveis, a jogar no Grêmio por uma miséria. Cerca de dois trilhões de reais por semana. Ronaldinho, a contragosto, concordou.
Serelepe, Assis veio contar a novidades aos dirigentes tricolores que o receberam de braços abertos como a um filho pródigo. A felicidade reinava no Olímpico.
Tal felicidade irradiou-se para o gramado e o time saiu do atoleiro rumo a Libertadores. O general Renato a frente. Nem a Geral inteira fazia tanto barulho como Assis na arquibancada. Ele já imaginava o irmão levantando o troféu no Japão.
Infelizmente, a contratação foi atravessada por diretores do Milan. Pessoas de alta periculosidade que fazem a Camorra parecer apenas um bando de deliquentes juvenis.
Vendo que o Grêmio estava envolvendo cifras milionárias na negociação - sem perspectiva de retorno imediato - Assis intercedeu. Dificultou o negócio com seu clube de coração até inviabilizá-lo. Tudo pensando nos cofres tricolores.
Para coroar seu gremismo, impediu o tricolor de se associar aos escroques da Traffic.
Assis um gremsita de verdade. Esse sim merecia um busto na frente da Arena.
Obrigado Assis por não ter feito teu irmão jogar no Olímpico e evitar a associação com a Traffic. E não estou sendo irônico.
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