quarta-feira, 23 de março de 2011

Hoje duas notícias chamaram a minha atenção: a morte de Liz Taylor e a volta da “geral” na Inglaterra.

Elizabeth começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. Contratada pela Universal Pictures, filmou There's One Born Every Minute, mas não teve o contrato renovado. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e permanecer no estúdio tornou-se o maior sonho.

Evoluindo como atriz talentosa e respeitada pela crítica, nos anos 50 filmaria dramas, como Um lugar ao Sol, com o ator Montgomery Clift; Assim Caminha a Humanidade, com Rock Hudson.

Liz, como foi mais conhecida, foi reverenciada como uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos; a marca registrada são os traços delicados e olhos de cor azul-violeta, emoldurados por sobrancelhas espessas de cor negra.

Lembro dela pequenina fazendo um filme da Lessie...depois a consagração total em Cleópatra. Lá se foi a Diva.

O outro tema foi, de certa forma, alvo de discussão “áspera” entre mim e o Gothe. O debate girou em torno do futuro dos estádios brasileiros. Mas não em referência aos seus padrões de qualidade, mas sim a cara do torcedor que vai frequentar esse templo de adoração e devoção de milhões de torcedor.

Abre parênteses: na Inglaterra, os torcedores querem ter o direito de assistir o jogo em pé. E venceram! Haverá a volta de espaços assim nos estádios. Muita gente teme a volta da violência por isso. É aguardar para ver...fecha parênteses

A discussão era meio inglória para mim, já que o Gothe vive muito mais a realidade do grêmio - nosso alvo porque somos torcedores fanáticos do tricolor.

Ele alega, com boa dose de razão, que futebol é caro para se manter e os valores da Arena serão de acordo com a necessidade do clube para gerir com lucro o futebol.

Concordo, mas temo. Meu medo é termos no Brasil estádios como os dos grandes clubes ingleses. Milhares de turistas em arenas modernas, mas sem alma. Os alemães, que tb possuem estádios padrões fifa (nota do editor: cago e ando para o padrão FIFA. Quando entro em um estádio não busco conforto, mas sim emoção. É só uma opinião, muitos tem o contrário e respeito) optaram por ingressos mais baratos.

Os dois modelos podem alcançar sucesso: o Borussia (Alemão) tem a maior média de público de toda a Europa, o Manchester United (Inglês) tem a segunda e é sem sombra de dúvida um dos cinco maiores do continente.

No Brasil, Grêmio e Inter são pioneiros no modelo associados. Ambos instauraram essa fórmula quando os times estavam em crise técnica. Hoje, o Inter passa por uma fase muito boa e adota vários modelos de associação. O Grêmio seguiu o mesmo caminho.

Acho que a fórmula ideal seja essa.: criar espaço para todo mundo frequentar o estádio. Porque, ao contrário do que pensa muita gente, considero as torcidade de Grêmio e Inter iguais. Se neste momento a do Grêmio demonstra mais fanatismo, isso vem pela ânsia de títulos. Na década de 90, era ao contrário. O Inter levava mais gente nos jogos do brasileirão, ou seja, quanto mais sofrida a torcida de um grande clube, mais torcedor em campo.

Porém, sou contra ingressos caros em estádio de futebol. O Santos cobra 100 mangos para um jogo da Libertadores. Absurdo!! Agora como tá com a água batendo no pescoço, vai diminuir o valor para lotar. Ou seja, só lembra do torcedor comum (àquele que incentiva até o último minuto) quando precisa transformar o estádio em caldeirão e não num teatro.

Futebol é para o povo e não para a alite. Aliás se a elite quer frequentar estádio, ok! Que pague camarote e cadeiras ou vá para a social e deixe as arquibancadas para os zés, os pedros da vida.

Infelizmente, pagamos salários astronômicos aos nossos jogadores, treinadores e, às vezes, até para funcionários do clube. Isso está higienizando nosso estádios. Sem grana forte, sem jogo de futebol. A não ser que não vá ninguém e o cara consiga espaço no modelo mais barato de sócio. Como falei antes: entendo que esse seja o modelo mais correto nos dias de hoje, mas não concordo!

Tem uma corrente forte que defende: o clube é do sócio e não do torcedor (o Gothe não faz parte dessa corrente). Então, a partir desse pensamento, vamos criar esclas de torcedor.

Eu não sou sócio, mas pago a mensalidade da carteira da minha irmã (o que me torna sócia de certa maneira) e ainda tenho o PPW que dá grana diretamente ao Grêmio. Sou um torcedor nota 6, é isso? Já outros, pagam cadeiras o que dá mais grana ao clube, então eles são nota 8, se tiverm PPW, senão caem na escala.

Então quem merece mesmo reclamar são os donos dos camarotes. Esses são os verdadeiros gremistas...

E assim a roda gira, o guri garçom do Pinacoteca não pode mais ir ao Olímpico por quê o Grêmio paga 250 mil reais para o Carlos Alberto.

Tá mais do que na hora de haver um teto salarial para os jogadores, mas isso nunca vai acontecer por que os nosso dirigentes são descolados em não cumprir acordos.

Pobre do pobre torcedor...esse só vai voltar a frequentar estádio em dia de visita ao público. Isso senão resolverem cobrar e muito tb!!

2 comentários:

  1. Grande Cristian!! Concordo contigo amigão. Embora eu seja sócio do Grêmio sou contra eletizar o futebol. Porém acho que essa não somente é a tendência como uma imposição do cenário econômico. Os clubes que querem ser competitivos precisam de bons jogadores e estes custam muito aos cofres. Gostaria muito de enxergar uma saída, mas infelizmente acho que a tendência é: Ou paga a mensalidade do Clube ou a do PPV....caso contrário assiste o time do coração quando os jogos passarem em canal aberto. Que dureza!

    Grande Abraço!

    ResponderExcluir
  2. Beleza Cristian,tb concordo que estão "elitizando" o futebol de certa forma.Isso tb não vem somente dos jogadores caros,vem tb de forma geral das gestões problemáticas dos cartolas dos principais clubes brasileiros.Eu digo todos,sem exceção,estão quebrados.Porém,os dirigentes "culpam" que o futebol é "caro" e com isso,por exemplo,conseguem fazer que uma camisa seja vendida a R$ 160,00(incentivando a pirataria).Ainda que a mesma seja vendida no fim do ano como "ponta de estoque" pela metade do preço.Que um ingresso de jogos de Libertadores seja cobrado por mais de R$ 100,00.Fora as tetas das cotas de televisão,patrocinios e timemanias da vida.Tudo isso é capitalizado,porém nunca é levantada a hipotese de quitar essas dividas.E se observares bem,sempre são os mesmo nomes e as mesmas figuras que comandam o futebol nos clubes nacionais.Então meu amigo,a elitização é um caminho sem volta e pior,querendo que nós tupiniquins sejamos enquadrados nos padrões "europeus".

    É por isso que ainda gosto saio de casa debaixo de um sol de 40ºC para assistir Madureira x Bangu na Rua Conselheiro Galvão...rsss.Ali ainda é futebol brasileiro.

    Abração...Caju.

    ResponderExcluir