quarta-feira, 16 de março de 2011

Que puxa


Quando meus pais retornaram para Alegrete em 1990, a camiseta nove do 20 de setembro (time de várzea) já estava a espera do meu progenitor. Faro de gol a serviço da equipe alvi-verde.

O centromédio deste time era o Cabo. Na verdade, nem titular ele era. Mas era graças a sua capacidade de doação que o time entrava em campo todos os domingos para jogar o citadino.

Buscava em casa, pagava o trago do goleiro (que jogava movido a álcool), sediava os churrascos e assim por diante. Ou seja, um cara muito bacana e legal de se conviver. Fui a várias confraternizações na casa dele.

Pouco tempo depois o Cabo se mudou para Porto Alegre. Engenheiro elétrico, ele veio trabalhar na secretaria municipal de Trânsito.

Joguei bola com ele uma ou duas vezes no final da década de 90. Depois nunca mais o vi. Meus pais vieram morar aqui e tentaram contato com ele, mas não tiveram reciprocidade na procura.

Mas, ele ressurgiu nas nossas vidas via tubo, mais precisamente em uma matéria do Fantástico, como um dos sócios da ACT, empresa acusada de fraudar licitações para lombadas eletrônicas.

Fiquei chocado. Sou muito pueril para entender este tipo de relação entre governo e instituições privadas. E o que leva caras legais a se envolver nestas relações promíscuas.

Daqui a seis semanas ninguém vai lembrar mais disso. A não ser a sua filha adolescente e todos os irmãos e amigos que sempre o respeitaram e muito. Vale a pena?? Pra mim não!!

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