quinta-feira, 23 de junho de 2011

Desespero


Nunca fui muito fã do campeonato argentino. Ao contrário do meu sentimento em relãção aos jogadores do país vizinho. Como acho bater na bola a coisa mais difícil do futebol meu negócio sempre foi o toca e recebe, estilo consagrado pelos hermanos. Dai parte do meu apreço.

Sempre gostei de todos os times de lá. Minha maior simpatia sempre foi com o Racing e o Velez. O contato maior com o Rafa Tosh nos últimos anos e com o Rodrigo, irmão da Simone, fez eu curtir mais o time azul e branco de Avejaneda.

Ontem, cheguei em casa por volta das dez horas e fui ver o jogo do Santos no canal 39, mas acabei me entregando a luta do River Plate no 38. O time do Paulo Fernando tomou 2x0 do Belgrano em Córdoba e está a um passo do inferno – a queda para a segunda divisão. Precisa vencer por dois gols de diferença no, provavelmente, hiper tenso Monumental de Nunez para não ser rebaixado.

Quando olho o Almeyda no meio campo, no auge dos seus 37 anos, dos milionários, eu começo a entender a situação. Aos 37 anos, o volante argentino pertence a uma estirpe de jogadores que nem Freud explica como só jogaram em clubes grandes e até na seleção chegaram sem saber jogar futebol. Nesse grupo ainda conta nos últimos tempos com o francês Karembeau, o brasileiro Afonso, o italiano Zambrota e o ítalo-argentino Camoranesi.

A invasão de campo dos torcedores do River no segundo tempo do jogo foi sintomático - aliás invasão em jogo no campo do adversário eu só lembro uma vez quando os torcedores do Fluminense invadiram o campo na estreia do time na terceira divisão contra o Vila Nova de Minas Gerais -, se os River não virar a peleia podemos ter um quebra quebra generalizado no mítico templo do futebol argentino.

Essa foi a segunda invasão de campo mais visceral que eu já vi. A primeira continua sendo a de dois torcedores do Botafogo no brasileiro de 1993. O time da estrela solitária estava sem fazer gol a uma porrada de jogos e os caras entraram em campo, pegaram a bola e chutaram dentro do gol: muito engraçado. O jogo foi em Caio Martins e no fim o time carioca fez um gol e empatou com o Bragantino (se a minha memória não falha).



Eu não sei vcs, mas às 15h de domingo estarei em frente a TV para evr River e Belgrano. To até pensando em não ver o primeiro tempo do jogo do Grêmio só pra acompanhar esse jogo que deve entrar para a história do futebol mundial.

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