domingo, 5 de junho de 2011

Raio X


O futebol de mesa será o único assunto abordado nesta postagem. Afinal, acabou o mais importante torneio do calendário da Federação Gaúcha de Futebol de Mesa: o Equipes. A abordagem vai de temas da competição a elementos paralelos. Vai ter debate e reflexão. São milhares de caracteres cheios de inteligência, perspicácia e humildade.


Das dezoito entidades filiadas, treze encararam o desafio de montar times e participar do torneio. Mais de 70%. O recorde ainda pertence a 2010 com 14 entidades, mas os números semelhantes são a consolidação da filosofia da direção da FGFM. O recrudescimento do “esporte” surge em outros pontos e em curto prazo projeta-se a ampliação para mais de 20 entidades filiadas na regra um toque. Ano que vem essa turma encontra-se em Canguçu.

Novas Entidades:

Aproveitando o gancho do tópico anterior, vamos falar de três focos ativos de associações onde já existem até campeonato interno. Viamão, SOGIPA e Paladino (Gravataí) encaminham-se para fazer parte da “família” botonística.

O Adriano de Viamão teve lá no torneio e garantiu a este blogueiro que a tradicional associação está de volta e logo. Botonistas da SOGIPA marcaram 2012 como o ano da filiação. E o Gerson Novo (Paladino) meu ex-companheiro de Geraldo Santana tem como objetivo preeminente fazer parte do rol das entidades ligadas a FGFM.


Mudança

Tudo indica que será de Caxias do Sul o novo presidente da FGFM. Marcelo Vinhas irá se despedir do cargo com a consciência tranquila. Atingiu metas ousadas e passa o bastão para seu sucessor com um futuro promissor lá na frente. Muitos juvenis e retornos de gente “famosa” nos anos 80.

Retornos

Existem botonistas com “carreiras” ininterruptas, caso do Breno, por exemplo. Porém muitos deixaram a caixinha guardada no fundo do guarda-roupa e foram “brincar” de outras coisas na vida como trabalhar e afins.

Tal qual a esperança ficou solitária na caixinha de Pandora, o futebol de mesa passou para um segundo, terceiro, quarto plano desse povo todo até quase desaparecer.

Eu sou um caso. Larguei o botão em 1993, para só voltar em 2002. Essa geração do final dos anos 80, início dos 90 está espalhada por todas as entidades. Nos últimos tempos, o universo do botão saudou o retorno do Robson (jogamos vários juvenis juntos), do Maurício Chambinho, jogador mais fashion do futebol de mesa do mundo, sem falar no mestre Guido.

Para minha surpresa e satisfação, encontrei, no torneio, o meu vizinho de prédio e o cara que me levou para a Riograndina: o Alan. O cara mora em Porto Alegre faz tempo, mas tinha deixado de lado o futebol de mesa desde a tenra idade. E o bichinho adormecido da paixão pelo botão retornou e com tudo. Já comprou time, caixinha e vai voltar a jogar na Franzen.

Fora o prazer do reencontro depois de 20 anos, fica a alegria por ver mais um cara das antigas retornando a convivência do dia-a-dia das histórias da mesa. Aqui abro um parênteses, as melhores delas são contadas no blog da Riograndina via Mário - dica de leitura.

Gente que faz

O Jader com sua percepção aguda solicitou aos blogueiros da rede: Breno, Gothe e Chico para entregarem a premiação no Estadual. Essas são pessoas fundamentais para o crescimento do futebol de mesa. Gothe, além de meu chefe, é um operário da informação. Todo o dia, os aficionados do “esporte” largam seus afazeres por alguns minutos e navegam na página atrás das novidades.

Breno transporta as mesas e o cenário dos campeonatos para a minha e a sua casa. Seus vídeos são o link “ao vivo”. Gols, comemorações, cavadas, coberturas e tudo o que faz parte de um jogo de botão na tela do computador... a disposição do mundo.

Chico está começando esse trabalho. E mostra ser mais um abnegado em favor do “esporte”.

Mas nem só dos homens da rede ou dos craques como Alex, Duda, Marcelo, Careca, os Tiagos, Alessandro, Robson, Christian constrói-se a história. Cada tijolo é colocado por gente que não aparece nas primeiras colocações dos torneios (embora muitos deles façam parte desse rol), mas tem importância fundamental.

Sérgio Oliveira e sua devoção a AFUMEPA. Silvio, o “operário” da Riograndina. Júnior e Rodrigo, os motores de propulsão do Círculo Militar. Gerson Novo, o visionário que quer implantar a regra brasileira em um lugar onde a gaúcha predomina, são apenas alguns exemplos de abnegados.

Comemorações

Tal qual um partidário do PSDB vou ficar no muro sobre essa questão. Entendo a preocupação da direção da FGFM com o comportamento exaltado dos botonistas, mas considero o “ódio” as outras entidades um combustível imprescindível na vida do circuito de competições.

O bom senso deve imperar, óbvio, mas o exagero é delicioso. Gera revanchismo e excitação em participar das competições. E olha que fala um cara que nunca comemora seus gols, mas entende quem assim o faça.

Geraldo Santana

Empatamos um jogo e perdemos cinco, mas muitos no detalhe. Tudo bem que o viés é analisado por alguém da equipe. Só vou falar de lances que poderiam ter mudado a nossa realidade na competição. Não falo em classificação pq isso é utopia, mas falo em melhora e muito da nossa participação.

Na estreia, tivemos a chance de na metade do segundo tempo de ficarmos na frente da Franzen, mas o Fosca errou um dois lances contra o Leão. Eu tb errei um contra o Pufal. Resultado: derrota de 2x0.

Contra o Circulo Militar eu tive dois dois lances contra o Diogo e os desperdicei na trave - o segundo faltavam três minutos. Um gol ali nos daria a vitória sobre a forte equipe dona da casa.

Uma falta direta desperdiçada (na entrada da área) “nas mãos” do goleiro quando faltavam dois minutos para acabar o jogo, impediu o Maurício de vencer o João e nos dar o empate contra a Riograndina. E o Leon errou um dois toques contra o Alessandro.

Daí a moral do grupo baixou e as derrotas foram se acumulando na parte da tarde contra Caxias, Santa Vitória do Palmar e COP. Acabamos em último na chave.

Leon jogou muito. Venceu Vinicius (Santa Vitória do Palmar) e Mallet. Na minha lista, dois top 15 do circuito. Empatou com o mito Alessandro (Riograndina).

Maurício foi a grata surpresa. Empatou com o campeão da Taça RS: Leandro (Círculo Militar).

Fosca sempre copeiro. Empatou com os craques Leão (Franzem) e Nilmar (Círculo Militar).

Eu e o Cristiano decepcionamos, mas foi legal ver uma galera do Geraldo Santana nos prestigiando. Um abraço a todos e desculpa pelas falhas no campeonato.

Riograndina

Oito jogos, oito vitórias. O Brasil da Copa de 70 e 2002. Timaço cheio de craques experientes e com estrela, a Riograndina estraçalhou seus adversários sem piedade.

Venceu a semi e a final de goleada. Tudo bem que contou com o desespero dos adversários nos minutos finais para construir o resultado, mas isso em nada diminui o feito de Michel, Duda, Alessandro, João e Alex.

3 comentários:

  1. Valeu Cristian, bom te encontrar de novo. Parceiro das antigas !!!

    Abraços !

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  2. Cristian é um imenso prazer retornar ao meio botonistico e poder encontrar pessoas queridas "COMO TU"(hehehehehe),Robson e muitos outros...

    Um grande abraço e parabéns pelos maravilhos textos que nos enriquecem de informações e alegrias!!!

    Maurício Ferreira (Chambinho).

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  3. Cristian foi um prazer reencontrá-lo e no meio do futebol de mesa que muito nos divertiu na infância. Realmente eu fui o culpado por te levar para esse gostoso vício. Que bom se todos os jovens durante a infância curtissem o vício do futebol de mesa. Era muito bom... Naquela época passávamos os finais de semana treinando e a nossa equipe era boa (Eu, tu, Parada, Marcinho, Silvio, Douglas...). Representávamos bem a Riograndina (20 anos atrás), mas essa equipe de hoje realmente é o Barcelona do Futebol de Mesa. Eles são muito bons e foi um prazer ver a Riograndina campeã... cheguei a me emocionar - me remeteu para a infância. Falei para o Duda, Alex... que tinha uma sementinha nossa no título ( até o estilo de cavar é o mesmo). A Riograndina tem escola - hehehe, mas agora quando for a Rio Grande marcarei umas aulas - eles chutam muito... principalmente " a bater" - acho que é influência do Silvio - ele sempre foi bom nisso). Estou voltando devagar principalmente para "brincar" e rever os amigos. Mas ganhar é muito bom (hehehe...). Foi muito bom ver o pessoal de Livramento, Guaíba, Santa Vitória, Pelotas e me lembrei das disputas que tínhamos - principalmente contra Livramento (Careca, Marcos, Nando...). Nos encontrávamos sempre nos campeonatos juniors e fomos fazendo muitas amizades, independentemente das disputas. Isso é uma coisa muito legal que esse esporte proporciona e pelo que percebi ainda continua. Nos encontraremos novamente pelos campos de futebol de mesa... e lembrando da infância;
    Abraços;
    Alam

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