segunda-feira, 23 de agosto de 2010


Lupicínio Rodrigues é o mestre. Nos últimos tempos, a dor de cotovelo proferida na voz deste portoalegrense tem se tornado objeto da minha mais fervorosa atenção, ou seja, tenho ouvido muito Lupicínio.

O cara cantou o amor com sofrimento e exaltação. Perfeito. Tudo que a gente gosta na vida deve ter sofrimento e exaltação.

Futebol de mesa tem isso para nós. Claro quem não curte, olha e vê apenas um monte de abobados em volta da mesa...e é o que somos às vezes. Mas sem culpa ou transtorno, pois o futebol de mesa é uma paixão e paixões não precisam ser justificadas ou comprreendidas.

No final de semana, mais de 100 pessoas, entre jogadores e fãs, estiveram no Círculo Militar acompanhando o campeonato estadual.

Pensando no meu único leitor avesso ao botonismo, farei um raio x do que tem ocorrido no cenário gaúcho nos últimos anos.

Se pegarmos somente o estadual especial nos últimos cinco anos comprovaremos que não existe uma entidade forte e sim A ENTIDADE FORTE. A riograndina dispensa comentários. Venceu quatro dos cinco torneios (três vezes com o Silvio e uma com o Alex). No que não ganhou, levou o vice com o Alessandro. Em três oportunidades, colocou mais de um jogador entre os quatro primeiros colocados.


Destaque para a Afumepa que colocou um botonista entre os quatro melhores nos últimos cinco torneios (Elisandro - três vezes - Bodur e Rodrigo). COP, de Pelotas, tb aparece com bons números. Só não tendo no ano de 2008 e 2010 jogadores entre os finalistas. Aliás, o único título nos últimos cinco anos que não é da Riograndina, foi vencido por um Luis Antônio da equipe pelotense

Os leigos irão dizer, então o campeonato é sempre dominado por estas associações, com a Riograndina aparecendo em maior destaque. É e não é. O Estadual sim, mas temos outros dois torneios muito importantes: o Taça RS e o Estadual por equipes.

De 2006 pra cá, foram cinco estaduas por equipes. A Riograndina ainda destaca-se com 2 títulos, porém em 3 oportunidades não ficou nem entre as melhores. Os números mais expressivos são da Franzem (Porto Alegre) tb com duas conquistas e mais três vezes entre os quatro. Domínio total. A Academia de Pelotas é dona do outro torneio. A Afumepa aparece uma vez só na lista e o COP nem isso.

Na taça, de 2005 pra cá (a edição de 2010 ainda não ocorreu), os títulos são bem mais divididos. Um pra cada entidade. Pelotense em 2005 (Piruka), COP em 2006 (Victor), Academia em 2007 (Vinhas), a extinta Riocel em 2008 (Leandrinho) e a Franzem em 2009 (Mallet). A Riograndina não venceu, mas esteve na zona de premiação em 3 oportunidades. Só é superada pelo COP, que esteve entre os melhores por quatro vezes.

Esses números demostram que o equilíbrio existe, mas é menos do que eu pensava. A Riograndina domina o cenário gaúcho com a Franzem, COP, Afumepa, Academia e Pelotense na sequência.

Porém nós que somos do dia a dia do botão, sabemos que existem outras forças e qualquer campeonato pode provar isso. Agora é esperar o Taça RS 2010 e ver se os números são desmentidos ou não.

Um comentário:

  1. Bela analise Cristian,com certeza a Riograndina sobrou nesta competição.Ver eles jogarem parece que o futebol de mesa é fácil,mas achos que os "caras" tem a régua no sangue...rssss.Depois de umas tres encarnações eu chego lá....kkkkkk.Sds Caju

    ResponderExcluir