sábado, 3 de julho de 2010

Dani é o cara

Depois de tantas críticas, resolvi colocar títulos nessa porra. Então, vamos lá. O assunto de hoje será sobre uma grande iniciativa envolvendo o futebol de mesa.

Em 1989, eu era apenas um guri punheteiro, hoje sou um homem punheteiro, e convivia com o rótulo de pior jogador da Riograndina. Só não ficava extremamente deprimido na época porque sempre "sofri" de priapismo e este fato consolava a minha falta de categoria nas mesas.

Neste ano, alguém teve uma grande ideia, a melhor delas todas. Fazer um integração Riograndina e Sport Club Rio Grande. Dezesseis botonistas de cada entidade. Por falta de jogadores, fui convocado de última hora.

Joguei três partidas e o sobrenatural de Almeida entrou em campo...ah, pensaram que fui a surpresa do campeonato e essas coisas todas, né? Que nada, cabeça, tomei três surras e voltei sem nenhum ponto para casa.

Mas fui testemunha do soco que o Clair deu no cara do Sport Club Rio Grande por causa do maior desconto já visto na história dos botão, acho que o jogo já passava dos 10 minutos de acréscimo quando ocorreu a cena: nocaute técnico.

Depois desse incidente, os diretores das duas associações consideraram que não havia mais clima para a competição dado o grande número de crianças e adolescentes nos dois times. Eu mesmo tinha treze anos.

Que nada, cabeça. O torneio continou, mas sem socos dessa vez, tédio total. Parece que nunca mais se atreveram em fazer um integração pelas bandas de lá.

Em Alegrete, participei de dois. No segundo, estava na semifinal contra o seu Domingos. Eu defendia o Sete de Setembro e ele a Associação Alegretense. O clima era bem mais tranquilo. Na metade do primeiro tempo, ele chuta uma bola que passa, sem exagero, a um palmo da trave direita bate na madeira, que antigamente havia atrás das mesas, e cai na grande área, e o juiz da partida, seu Luis Cairo, não vacilou e deu gol.

A minha incredulidade não era com o erro, mas com o meu azar absoluto que justamente naquele instante não tinha ninguém em volta da mesa para apoiar a minha tese de que a bola tinha passado muito, mas muito longe do gol.

Reclamei na hora e até acho que o gol não foi dado, mas aquilo gerou um mal estar tamanho que não consegui me concentar no jogo e acabei perdendo. E ainda sai com a estranha sensação que estava errado por ter protestado.

Em 2008, depois de voltar de um período morando no Rio de Janeiro, sou convocado para disputar o torneio Metropolitano.

Campeonato extemamente tradicional que havia sido retomado depois de sucessivas voltas fracassadas. Foram cinco entidades com seis botonistas cada. Fiquei na chave do Paulo/Círculo Militar, do Elisandro/Afumepa e do Mauro/Franzem.

Depois de vencer a primeira partida contra o Mauro por dois a zero, tomei dois a um do Paulo. Como o Elisandro havia empatado as duas, cheguei a última rodada precisando do empate. No final do primeiro tempo, tomei um gol incrível a bater. Beleza, consegui empatar o jogo e de novo estava me classificando quando na metade do segundo tempo outro gol inacreditável a bater. Eliminado.

Meus dois carrascos fariam a final da competição, onde o Paulo se saiu campeão. Mas de novo, o torneio não teve sequência e mais um ano se passou sem o metropolitano. E mais um ano se passaria sem um campeonato reunindo as atuais cinco entidades de Porto Alegre (já contando com o Porto Alegre Futebol de Mesa), mas eis que surge um visionário. Um cara chamado Dani.

Ele recria esse campeonato com novo nome e abre as portas para mais uma competição entre associações na cidade de Porto Alegre.

O Dani está mais do que de parabéns, ele está de parabéns na vigésima potência. Quem gosta de futebol de mesa agradece. Valeu muito, Dani.

Nenhum comentário:

Postar um comentário