terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Eu vi a lenda

Todo pai, mãe ou irresponsável que quer assustar a gente quando criança apela para o Homem do Saco. Figura taciturna a vagar por cidades a "recolher" pequenos desobedientes ou chorões. Só lá pelos sete anos a gente percebe o absurdo de existir uma figura só com esse objetivo e desencana de correr de todas as pessoas mal encaradas com um saco na mão.

Eu que morava perto de um supermercado então, saia correndo de minuto em minuto...tem gente esquisita nesse mundo. O Homem do Saco é a primeira lenda da nossa vida.

Depois vem o colégio (segundo grau) e a menina que transa com todo mundo. É mais ou menos assim, existe uma guria (ninguém nunca lembra o nome dela) que é só dizer oi pra ela ir tirando a roupa e acabar com a tua virgindade.

Outra lenda urbana...

E a essas se sucedem dezenas de outras. Chefe legal. Mulher pra vida inteira. Amigo rico que paga sempre as festas. Vizinha gostosa e que anda nua nos corredores do prédio.

Porém, neste sábado a noite eu presenciei ao vivo e a cores uma das maiores lendas da vida urbana.

Tudo começou com um cinema normal no sábado a noite com a minha ex-namorada. O filme: Discurso do Rei. Na saída do Moinhos bateu aquela fome e tivemos a ideia de comer uma pizza na Nela Pietra, ali na Doutor Timóteo. Só que era tarde, já passava da meia noite e o local estava fechado.

Aí ela deu a malldita ideia da gente caminhar três quadras abaixo e ir no Xis da São Pedro. Achei a sugestão meio perigosa naquele horário, mas topei. No caminho, uma festa rolando em um lugar chamado The Club.

Aí entra a Workaholic Karen (mimha ex-namorada) em ação. Ela para em frente ao bar e pergunta o que é o local? Um cara responde: é uma boate GLS. Abriu na semana passada.

A karen explica que faz a Veja Porto Alegre e pergunta se dar para entrar. Depoedendo do local, pode entar na edição como dica.

O cara concorda e nos leva para o interior da casa. Lá dentro acontece uma festa digna de filme do David Linch. Só pessoas muito estranhas. Velhos e guris fortões vestido de marinheiros. Porém num cantinho, quase obscuro, estava lá a lenda. Inpávido como toda a boa lenda deve ser.

Um anão...isso mesmo...o famoso Anão Besuntado. Figurinha carimbada do imaginário popular em todas as surubas. Eu vi a lenda...mas confesso que sai rapidinho do lugar.

Nada contra gays, mas tudo contra pessoas estranhas...

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