segunda-feira, 9 de maio de 2011


Ontem depois da vitória do Grêmio sai para beber. Comemorar sem hora pra voltar pra casa. Estou a me deliciar com quilmes no Buteco Portenho, aqui na Goethe, quando vejo uma figura triste e cabisbaixa ingressando no bar.

Reconheci na hora: Roberto Siegman, vice de futebol do Inter. Choroso, pediu uma cerveja ao garçom. Minha festa acabou ali. Me compadeci da figura triste do dirigente. Nem de longe lembrava o homem colérico que com seus gritos manda e desmana no Tribunal e no vestiário colorado.

Me aproximei e sem medo perguntei pq tamanha tristeza, afinal o resultado ainda poderia ser revertido no grenal do olímpico.

Ele me olha, sorri sem força e diz: meu jovem, minha tristeza nada tem a ver com o resultado de campo. Ela é motivada pela indiferença daquele que meu coração escolheu para amar.

Eu chego a tremer a ouvir a resposta. Que mulher seria essa a ponto de destruir um homem que compra vinte carros de uma vez só e responde por uma nação inteira de torcedores? Questiono.

Ele ri novamente sem força e diz: quem disse que é uma mulher. O alvo da minha paixão é o Renato, teu treinador e ídolo por conseguinte já que estás com a camiseta do Grêmio.

Embasbacado, fico sem palavras.

Ele continua: no último grenal o chamei pra a briga. Queria o corpo dele junto ao meu nem que fosse só por alguns instantes. Mas não deu certo. Dessa vez com a vitória de vcs achei que ele me xingaria nos microfons ou algo do gênero, mas ele simplesmente foi indiferente. Nem ódio demosntrou. Tu sabe, meu jovem, o amor e o ódio andam lado a lado, mas quando reina a indiferença é que este amor está fadado a não acontecer. Agora, se afaste e deixe esse pobre homem sofrer a dor da paixão impossível.

Obedeci. Pedi a conta e me retirei em silêncio, deixando para trás o probre Roberto e seu coração ferido...coitado!! E ainda por cima é colorado...é muito sofrimento para um ser humano apenas!!

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