sexta-feira, 7 de maio de 2010



Uma semana depois volto a postar algo. O motivo da ausência foi devido a uma operação cardiovascular delicadíssima. Tinha 70% de chance de ficar na mesa de cirurgia, mas no final deu tudo certo e estou aqui melhorando o teu dia.

Na Libertadores de 2007, fui a todos os jogos. Sem querer querendo fazia em cada confronto o mesmo ritual. Ceva na feirinha com o Saul, Rafa Tosh, alguns ex-colegas da facul (Jefferson, Gustavo), minha irmã e as amigas dela da residência. Depois cada um seguia seu caminho. O meu era atrás do gol da Carlos Barbosa.

Assim foi contra os colombianos Tolima e Cúcuta. No embate decisivo da primeira fase frente ao Cerro Portenho do Paraguai. E nas três vitórias de 2x0 (São Paulo, Defensor e Santos) nos duelos eliminatórios.

Mas na final foi tudo diferente. A polícia fechou a rua da feirinha para os tricolores ficarem longe dos torcedores do Boca. Não achei ninguém e vi o jogo na geral. No jogo deu tudo errado porque antes do jogo deu tudo errado.

Não adianta o torcedor de futebol é um supersticioso por natureza. Pode até não ter superstições na vida afora, porém quando ingressa na sua segunda casa (o estádio do seu time) qualquer acontecimento vira prenúncio de boa sorte ou de azar incondicional.

Tenho dois amigos gremistas naturais de Porto Alegre. Um frequentador assíduo de estádio (Niti) o outro de decisões (Clone). A vida profissional os empurrou para longe do Rio Grande do Sul.

O Niti mora na grande Salvador em meio a praia, cevas e bundas. O Clone mora e trabalha na Workaholic Barueri. Entre os nosso amigos, os dois viraram a representatividade do pé frio. Marca que demora a sair.

Estavam na derrota para o Boca e mais alguns insucessos.

O Niti alega que já viu centenas de vitórias do Grêmio no olímpico. Que viu a goleda em cima do Flamengo no brasileirão de 2009, mas a fama de pé frio é como DST, mais dia, menos dia ela volta. Dois dias antes do jogo contra o Pelotas, ele mandou um email onde informava a galera que eastaria em Porto Alegre no dio da final do segundo turno. Resultado: derrota do Grêmio. Culpa de quem? Do Niti.

O Clone é pior. O Grêmio SEMPRE perde com ele em campo. A cereja do bolo foi o duelo de 2008 contra o Palmeiras no Palestra Itália.

Ele chegou na porta do estádio e resolveu não entrar. Resultado: vitória do Grêmio. Por que? Porque o Clone não entrou no estádio, óbvio!!

Todo esse papo aí em cima foi para colorir o que ocorreu no grenal deste domingo. Eu não ia no jogo, mas a Karen conseguiu dois convites na área vip (antiga cadeira lateral). Open bar e o caralho a quatro, mas eu sou um cara de arquibancada e fui meio na bronca.

Depois do jogo, ela me confessou que tava apavorada. Que eu iria culpar a ela e o lugar pela não conquista do título. O apito final do Vuaden significou na Karen muito mais que o alívio da conquista do Gauchão, significou o bilhete para ir outras vezes no olímpico comigo.

Em defesa dela. Nunca havia perdido um jogo sequer comigo e quando era criança frequentou direto o estádio com o seu pai.

A superstição é intrínseca ao futebol. Ah, no meio do jogo o Jefferson, que assistia ao jogo na social, me mandou uma mensagem no celular: desce daí cara que tá dando azar.

Viu, Karen, não sou só eu.

2 comentários:

  1. Vou te contar uma breve história... Fui a todos os jogos do Grêmio com unhas vermelhas. Depois de me xingarem, resolvi trocar. Coloquei um cinza. Resultado, perdemos pro Pelotas. No primeiro Grenal, eu estava em Nova Santa Rita, com esmalte azul (lindo!). Pensei: vou repetir a dose no Olimpico. Resultado... Na última terça, pintei a unha de cinza. Chego na firma e nosso amigo Maurício larga a seguinte frase: O GRÊMIO NÃO VAI GANHAR HOJE, TU NÃO TÁ COM TEU ESMALTE VERMELHO!! 18 horas, eu estava em casa, refazendo a unha... BEM VERMELHA! O resultado, a gente sabe! bjo,bjo

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  2. mariana, não te esquece de pintar a unha de vermelho amanhã!!!!!!

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