segunda-feira, 26 de abril de 2010


Que dia maravilhoso o de ontem. Acordei exatamente as dez para as onze da manhã. Intermináveis e gratificantes 12 horas de sono. Adeus bôemia, viva a vida saudável. Tomei um banho e fui para um churrasco dos colegas da karen do tempo da faculdade.


Na rua, me deparei com um sol sensacional. Tieri a camiseta para me regozijar com o ser celestial responsável diretamente pela vida no planeta Terra.


A casa dos amigos da karen ficava no bairro Medianeira. Em uma rua sem saída, entre a casa do Felipe (Alemão) e do Duda. Quase chorei ao lembrar as festas mais bizzarras feitas nas duas residências. Época em que a único problema que eu tinha era ler um polígrafo de quatro páginas da cadeira de Pensamento Político e Econômico.


Cheguei na casa por volta das 12h. Na porta, voltei ao tempo de infância. O lugar era a combinação da casa das minhas avós em Alegrete com vantagens: possuia em seu extenso quintal 17 tipos de ávores frutíferas.


Limão sicialiano (parente do limão tradicional só que anda sempre com um serrote na mão e não leva desaforo pra casa), abacate, laranja e uma fruta que nem a Emater sabe o nome.


Um lugar paradisíaco. A uma da tarde em ponto começa a chover. Que delícia. Era Deus enviando o maná. As pessoas foram obrigadas a entrar na parte coberta onde ficava a churrasqueira. Todos mais próximos e com aquele cheirinho de fumaça gostoso impregnando as roupas. Várias cervejas estupidamente geladas servidas em doses cavalares.


As 14h 45 min o churrasqueiro Zeca anuncia: a comida está pronto. A faca escorregava na carne como se cortasse manteiga tamanha a maciez da costela. O vazio era muito delicioso ao ponto de fazer todos os outros vazios que eu comi na vida ficarem constrangidos de um dia terem existido.


O porco devia ser originário de um descendente do Marquês de Rabicó senão do próprio devido ao valor proteíco e do sabor ímpar da iguaria.


As 15h 42min recebi um conselho importante. O Felipe, colega da Karen, além de publicitário é nutricionista. Ele me disse que o chocolate é o vilão da minha saúde e me deu dicas de alimentação. Prometi e vou seguir a risca porque quero ter uma vida saudável para desfrutar por muito tempo de dias sensacionais como esse.


Entre as 16h e as 18h fiquei vendo televisão, mas este tema retorno no final do post.


As 18h 15 min a música começa com a dupla Mano e Marcel. Os dois tocam no Matita Perê toda a sexta feira. Mano é um cantor de potência na voz aos moldes de Tim Maia. Marcel é um exímio tocador de violão. Alguém que não envergonharia o mestre Baden Powel.


O repertório continha Chico Buarque (Bye, Bye, Brasil, João e Maria, Vai Passar), Caetano Veloso, Gonzaguinha, Ivan Lins. Depois a coisa foi masi para o rock com Cazuza, Marina Lima, Barão Vermelho. E terminou no suingue gostoso de Tim Maia, Jorge Ben e Wilson Simonal.


Que tarde magnífica


Ah, e entre as 16h e 18h, eu vi o Grêmio ser mais Grêmio do que nunca. Vi o Neuton, melhor jogador do tricolor no campeonato sub 20, jogar improvisado de lateral esquerdo como se fora um Róger.


O time jogou bem. Fiquei duas horas transcedendo felicidade que nem guri em sorveteria. Pra todo o lado que eu olhava me despertava um sorriso sem motivo, apenas exalando alegria juvenil.
Mas o melhor me esperava nos pós jogo. A declaração do presidente do Internacional de que o Fábio chutou a gol na falta que originou o tento do Borges me levou ao delírio.


O cara entende mais de futebol que o PVC e o Rinus Michels junto. Só ele compreendeu a verdadeira intenção do Fábio que chutou a bola com a parte interna do pé o que geralmente causa um efeito para o lado esquerdo do campo.


Ela fez a curva pra esquerda como todos previam, mas se não fosse o mala do borges atrapalhar, naquele mesmo instante, a bola faria uma curva rápida e mortal a direita em noventa graus que acabaria no ângulo do Pato. O Borges tirou um dos gols mais bonitos do futebol brasileiro em todos os tempos. E só o Vitório Piffero percebeu isso.


Foi um dia gloriso!!

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