quarta-feira, 31 de março de 2010




Vamos abrir os trabalhos. Calma Bopp ninguém aqui tá bebendo e não te convidou. São apenas histórias.

Tenho um amigo, vou chamar ele de Asdrúbal. O cara hoje já fez grandes festas. Já compartilhou a cama com mais de uma mulher, ou seja, é um filho da puta de um sacana.

Mas, antes era um sujeito pueril. Pueril mesmo... ao ponto de ser protagonista do nosso primeiro causo.

Filho de um jornalista bem conhecido, teve a oportunidade de estudar na Espanha e Estados Unidos. No meio de 95 ingressa na FAMECOS (PUC) e vem a ser meu colega de faculdade.

A minha turma deve ser a única na história do curso a ter o mesmo número de mulheres e de homens. Eu gostei, pois não pegava ninguém mesmo, e pelo menos tinha com quem conversar.

No primeiro semestre, eu e mais um cinco colegas, entre eles o Asdrúbal, resolvemos fazer uma incursão em um puteiro do Centro. Acabamos em um lugar nada aprazível ali na Coronel Genuíno, fronteira do Centro com a Cidade Baixa.

Estavámos todos, exceto o nosso intrépido herói, curtindo os strips e dando uma rasgada do tipo: não tenho dinheiro, tu não transaria comigo de graça.

Quando de repente o Asdrúbal começa a pagar bebida para uma morena jambo estilo protagonista dos livros do Jorge Amado. Ele não pagava simples doses. Ele pagava dezenas de Keep Coler para a moçoila. O resultado da benécie foram carícias trocadas com beijo e afeto, só faltou ela fazer o doce predileto.

Horas depois fomos embora. Nos reunimos no posto da esquina da Getúlio Vargas e da José de Alencar para conversar sobre os nossos feitos na noitada. Aí o Asdrúbal nos encarou e depois de um longo silêncio disparou: vocês acham que todas ali são putas? Tipo, cobram pra transar?


O riso geral foi precedido por uma longa pausa até de respiração, ele não estava brincando, estava apaixonado. Todo mundo na hora pensou, mas que cara abobado, foi se apaixonar pela puta, caralho irmão. Mas não era algo que a "intimidade" de um semestre de faculdade permitisse expressar. O silêncio triunfou.

Não sei se o Asdrúbal vistitou novamente a moçoila, mas anos depois descobrimos que no dia seguinte ao encontrar um amigo nosso, ele disse que tinha ficado com uma guria na "noite" e que o resto da gurizada tinha ficado a ver navios. Hoje, como falei lá em cima, o Asdrúbal deixou os dias pueris pra trás e tornou-se, segundo as mulheres, um "canalha" com C maísculo. Acho que é porque ele não paga Keep Cooler pra elas.

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