segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A Grande Sérvia


Apesar dos quase 20 anos passados do conflito, atualmente tenho lido muito sobre a guerra civil da Iugoslávia. Um país "artificial" regido por um agregador e mão de ferro, general Tito.

O país do leste europeu teve uma vida breve. Foi formado logo depois da segunda guerra mundial (onde o futuro um povo só lutou entre si, crotas ao lado do nazismo e sérvios dos aliados) e "viveu" até o início da década de 90 quando foi assolado por uma guerra civil que deu origem a cinco países independentes (hoje são seis).

Mas falerei mais da Sérvia, país bom em quase todos os esportes coletivos e com bons nomes individuais e que no sábado viveu uma dia quase espetacular. Viu seu tenista número 1 Novak Djokovic se classificar a final do US Open ao vencer a fera Roger Federer. E quase viu seu time de basquete (um orgulho nacional)ir a final do mundial. Perdeu por um ponto para os turcos que jogavam em seus domínios.



A Sérvia é um país europeu, cuja capital é Belgrado, localizado no sudeste da Europa, na região balcânica.

É uma ex-república iugoslava, tendo integrado, até junho de 2006, uma confederação com Montenegro denominada Sérvia e Montenegro. No dia 5 de junho do mesmo ano, a Sérvia declarou sua independência, 2 dias após Montenegro ter feito o mesmo. No entanto, a Sérvia foi reconhecida como o estado sucessor da união, que por sua vez sucedia a República Federal da Jugoslávia.

Povo de um orgulho violento se julgava a última fronteira da Europa na Idade Média. O atual território da Sérvia fez parte da província romana da Mésia a partir do ano 29 a.C.. No século VII, a região foi invadida pelos sérvios, povo eslavo vindo da Galícia (Europa Central). Vassalos do Império Romano do Oriente, os sérvios se diferenciaram dos croatas por sua conversão ao cristianismo bizantino por volta de 875 e pela adopção do alfabeto cirílico. A Igreja Ortodoxa Sérvia ganhou autonomia no século XIII, quando teve São Sava como seu arcebispo. Os croatas são católicos.

Durante a Idade Média, o país gozou de um curto apogeu durante o reinado de Estevão Duchan (1331-1355), seguido de um rápido declínio. Após a derrota frente aos turcos na batalha de Kossovo Poliê (1389), a Sérvia não demorou a ser incorporada ao Império Otomano.

Entre 1459 e 1804, a Sérvia esteve formalmente sob o controle dos otomanos, apesar de três invasões austríacas e numerosas rebeliões. O Islão teve um período de expansão durante esta fase, levando à conversão de muitos sérvios. Estes convertidos recusavam-se a serem chamados de sérvios, adoptando a denominação de muslimani e, posteriormente, de bosníacos, uma vez que viviam majoritariamente na região conhecida como Bósnia - razão pela qual são também chamados de bósnios muçulmanos. Olha como a origem do conflito vem de longe, muito longe.

A Sérvia foi ainda um principado autónomo (face ao Império Austríaco) entre 1817 e 1878, um principado independente entre 1878 e 1882 e um reino independente entre 1882e 1918.

No início do século XX, lutava para formar a Grande Sérvia, um estado envolvendo toda a região balcânica. Como resultado das Guerras balcânicas(1912-1913), anexou a Macedónia e o Kosovo.

Durante a Primeira Guerra Mundial, teve uma atuação destacada, e a partir de 1918 passou a ser um dos Estados integrantes do Reino da Jugoslávia (que se converteu em República Socialista após 1945), tomando o nome de República Socialista Federal da Iugoslávia em 1963.

O Estado foi dissolvido no início da década de 90 com a declaração de independência da Eslovênia e da Croácia. O primeiro foi na boa, o conflito durou dez dias, mas no segundo o pau pegou. O motivo é que existiam muitas comunidades sérvias dentro da Croácia. Mas o pior ainda estaria por vir.

Na sequência a Macedônia (sem estresse) e a Bósnia-Hezergovina declararam-se autônomas (fudeu geral).

Á Bósnia tinha de tudo. Croatas católicos, Sérvios cristãos ortodoxosos e Bósnios muçulmanos. O conflito civil foi quase um triangular com todos matando todos. Houve massacres nas regiões dos país dominada por Croatas e Bósnios, mas nada se comparou as zonas onde os bósnios-sérvios possuiam maior população. Era um povo melhor aramado já que o governo central de Belgrado apoiava a população de origem balcânica. Lá ocorreram massacres memoráveis em pleno coração da europa oriental.

Hoje, tá tudo quase na paz. A cada oito meses existe um rodízio no poder. Um político de origem de uma das três etnias assume o controle. É como se no RS, um político de Porto Alegre, um da metade norte e um da metade sul assumissem o poder a cada dezesseis meses.

Os sérvios voltaram seus objetivos para conquistas esportivas. São uma potência no vôlei e basquete masculino. Seus times de basquete feminino e vôlei tb são osso duro de roer. Tem um bom futebol como nomes como Vidic (Manchester United) e Ivanovic (Chelsea).


E tem Novak Djokovic, o homem que pode impedir Rafael Nadal de conquistar todos os slams e se igualar na era moderna a André Agassi e Roger Federer.

Ah, e tem o maior fã de futebol de mesa na regra brasileira na Europa. Essa é a Sérvia, destino obrigatório do novo turismo no leste europeu ao lado da Croácia e da República Tcheca.

2 comentários:

  1. Valeu pelo historico Cristian,uma verdadeira aula...O nome do jogador de botão é o sérvio Milos Krstic,que pratica o sector ball,uma regra que basicamente visa a "posse" da bola.Tem também o idolo rebelde Petcovick que joga hj no Fla.O Vasco também tentou contratar um jogador para acabar com a sina de fregues para o Fla,mas desistiu..era o "Sabecevice"...rssss.Sds Caju.

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  2. Muito bom o texto Cristian. Informativo mas sem perder o bom humor. Infelizmente para o Federer e pro Djokovic deu Nadal. Foi um jogaço, mas acho que realmente venceu o que foi melhor.

    Grande Abraço

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