quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sem armação não dá, não dá mesmo


Conheço torcedor de futebol que venderia mãe, mulher, amante, filha e o caraleo a quatro por um bom meia de articulação. E olha, meu camarada, que o esporte bretão tem onze figuras dentro de campo e a posse de bola é eterna.

Imagina agora a importãncia do armador no basquete. O cara tem 24 segundos (número favorito do Rafael Lima) para organizar a jogada e converter a cesta. Pois esse jogador qualificado, jogadora no caso, passa longe, mas bem longe da seleção brasileira de basquete feminino.

Helen (com quase noventa anos) e Adrianinha são lamentáveis. A palavra é essa mesma. Só consegui assistir o segundo tempo da partida de estreia contra a Coreia do Sul e vos digo, não sei se perderei meu tempo vendo o time em quadra novamente.

O Brasil teve uma única jogadora Erika (melhor pontuadora, maior reboteira, maior número de assistência, só falta beijar bem e ter um boquete do nível do Pirênio, se bem que isso é impossível). A Palmira, jogadora desconhecida pra mim, atuou muito bem também.

Mas aí entra a mão do tal Colinas (treinador espanhol). No Brasil não dá certo essa cultura de revezar toda a hora o time. E ele deixou dupla Adrianinha e Helen no final do jogo e deixou a Palmira e a Iziane no banco. Bem feito, as duas foranm decisivas para a derrota.

Faltando dois minutos o Brasil liderava por três e organizou um contra ataque perfeito, quer dizer quase, pois a Helen deixou uma bola escapar que o Fosqueira com uma taça de vinho na mão pegaria. Depois arriscou duas cestas de três ridículas e apertou a Érika em uma jogada onde a pivô foi obrigada a arremesar marcada por três coreanas pois o cronômetro estava estourando.

Mesmo assim, o Brasil vencia faltando trinta segundos e com a bola na mão. Aí apareceu todo o talendo da Adrianinha. Ela botou a bola embaixo do braço até se apertar e ter que dar uma passe arriscado faltado três segundos com a posse da criança.

Resultado, meu camarada, roubo de bola e bandeja das coreanas. O Brasil tinha seis segundos. A seleção asiética fez a falta permitida e faltavam agora dois segundos.

Aí a Helen que não é boba nem nada pensou: piça que eu vou deixar a honra de ser a maior embuxadora do jogo pra Adrianinha, vou fazer a minha cagadinha final e fez. Ela conseguiu errar o passe no fundo bola (no ataque) pra Érica e o Brasil nem arremesar conseguiu.

E dizer que um dia eu pensei que a Helen ia ser do nível da Paula. Tudo bem já pensei que o Cláudio Pitbull fosse o novo Edmundo e que o Leon ia ganhar o Estadual e a Taça RS antes de completar cinquenta anos.

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